Doçuras


Eu dei aqui comigo a pensar
em tão pequenos gestos que eu perdi.
Surpresas que eu trazia para si,
doçuras que a faziam engordar.

Agora bem as vejo atrás dos vidros.
Sorriem atrevidas para mim,
mas ficam quietinhas lá assim.
Não ligo patavina aos seus sorrisos.

As natas, clarinhas, limonetes,
parecem saltitantes diabretes
que gozam com a minha atenção.

Pois fico a olhá-las muito atento,
lembrando como fui feliz um tempo.
Agora olho para elas, digo NÃO!